Sobre leptina e saciedade

Razões fisiológicas pra dificuldade pra perder (e manter) peso

Leptina - o hormônio da saciedade

Um dos principais e mais conhecidos sinais vindos do tecido adiposo é a LEPTINA.

Esse hormônio tem como principal função explicar pro cérebro que é hora de parar de comer, ou seja, é um importante sinal de saciedade! Além disso ele aumenta o gasto calórico pra manter o peso corporal. A leptina junto com a insulina são os principais sinais que vão manter um peso saudável e estável no decorrer da vida. Isso em condições ideais.

Sabia que esse hormônio é liberado proporcionalmente à quantidade de tecido adiposo da pessoa? É sério, não tô mentindo...

Mas, uai, gente, como assim... Então uma pessoa obesa, que tem uma liberação de leptina aumentada não comeria nada!

Pois é, só que as coisas não são tão simples assim...

O paradoxo da leptina

O que acontece com a leptina é a mesma coisa que acontece com a insulina quando a obesidade acontece. Obesidade leva à inflamação que leva à resistência à insulina E TAMBÉM à resistência a leptina.... Aí o cérebro não reconhece o sinal da leptina pra parar de comer e o indivíduo, NÃO PÁRA DE COMER. E aí vira o ciclo vicioso que todo mundo já conhece.... Quanto mais a pessoa come, mais ela engorda, mais ela se inflama, menos os sinais de saciedade são reconhecidos, mais a pessoa come, mais ela engorda, mais ela se inflama, menos os sinais de saciedade são reconhecidos...

Emagrecer é possível?

Dica? Pra evitar isso, o ideal é manter um peso saudável e estável. Se for necessário emagrecer, entender que esse processo deve acontecer devagarinho, senão seu corpo não entende nada e vai encarar essa perda de peso como uma agressão e vai tentar achar esse peso perdido na velocidade da luz. Então, gente que quer perder uns quilinhos, devagar no andor, não, devagar no andor nada, anda bastante, mas tenha paciência e sabedoria na perda de peso! Vamos acabar com essa loucurinha de “perca 5 quilos numa semana” ;)

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Pagano et al. White Adipose Tissue and Circadian Rhythm Dysfunctions in Obesity: Pathogenesis and Available Therapies. Neuroendocrinology (2017)